O Senhor é o meu pastor; nada me faltará. Salmos 23:1
Um
pastor era responsável por cuidar do rebanho, de forma a conduzi-lo a lugares
seguros, onde as ovelhas poderiam se alimentar e tomar água fresca. Para
entender um pouco esse contexto, vamos destacar alguns pontos.
Em
primeiro lugar, o pastor precisava ficar atento às necessidades das ovelhas.
Quando o pasto não estava mais satisfazendo os animais, quando não havia mais
grama para alimentá-los, ele precisava levá-los para outro lugar, a fim de não
passarem fome. O segundo verso do salmo 23 retrata esse zelo do pastor: “faz
repousar em pastos verdejantes” e “leva para junto das águas de
descanso”, trazendo “refrigério” para as ovelhas. De igual forma, Deus
trata o Seu povo: Ele nos retira da nossa zona de conforto, do comodismo, do
lugar onde estamos morrendo aos poucos, e nos conduz a lugares melhores, onde
viveremos o melhor desta terra, onde veremos a abundância da provisão do Senhor
e onde a nossa alma encontrará descanso.
No
entanto, isso não significa que a trajetória era fácil. Certamente, no caminho
havia muitos obstáculos e perigos. O pastor poderia encontrar no percurso altas
montanhas, vales profundos, rios furiosos, predadores ferozes, e era sua
responsabilidade cuidar do rebanho e conduzi-lo em segurança ao lugar de
destino. Um detalhe importante para entender melhor é que a ovelha não se
desesperava diante do perigo, mas seguia a voz do seu pastor. Este conduzia o
rebanho por meio da sua voz. Bastava ele falar e as ovelhas o seguiam! Deus age
do mesmo jeito com o Seu povo: Ele nos conduz pelo caminho por meio da Sua
Palavra – que é a Sua voz – e não nos abandona! Jesus também usou a figura do
pastor para exemplificar sua relação com seus discípulos. O mestre afirma que
as ovelhas ouvem a voz do pastor, o qual as chama pelo nome[1] e também
se declara o Bom Pastor, que dá a vida pelas ovelhas[2].
No
versículo 4, também encontramos a seguinte declaração: “ainda que eu ande
pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque Tu estás comigo”.
Ou seja, ainda que eu passe por momentos de profunda dor e aflição, não temerei
as adversidades porque Deus está comigo! A presença do Senhor é o suficiente!
Sabe por quê? Porque “o teu bordão e o teu cajado me consolam”!
Aqui
gostaria de destacar a importância desses dois instrumentos de trabalho do
pastor. O bordão, ou vara, era usado para afugentar os predadores, mantendo-os
longe das ovelhas. Era um instrumento de proteção. O cajado tinha aspecto
parecido com o bordão, porém a sua ponta era encurvada, de modo que o pastor
conseguia resgatar uma ovelha que se afastava do rebanho, agarrando-a pelo
peito. Era um instrumento de orientação. Dessa forma, bordão e cajado eram
objetos que traziam segurança à ovelha. Davi declarou que o bordão e o cajado o
consolavam, porque ele entendia que a proteção e a orientação do Senhor traziam
paz ao seu coração em meio às dificuldades – o vale da morte.
Hoje,
nós podemos ter a certeza do cuidado do nosso Pastor fiel, que nos tira do
lugar de morte e nos conduz pelo caminho – ainda que cheio de perigos – a um
lugar de refrigério, onde podemos descansar as nossas almas.
E
é nesse lugar de descanso, ao término da trajetória, que o Senhor honra a
fidelidade daquele que O segue. No versículo 5, o salmista não mais se compara
a uma ovelha, mas a uma pessoa que é recebida com um banquete. Conforme a
tradição judaica, os convidados de honra eram recebidos com uma mesa farta de
alimentos da melhor qualidade. Isso significa que, ao final da provação (do
caminho), o Pai tem muitas bênçãos preparadas para honrar os seus filhos. E
mais: tais bênçãos serão contempladas até pelos seus perseguidores! Aleluia!
O
salmista também se refere à unção com óleo e ao cálice transbordante (v.5). No
antigo Oriente Médio, o convidado de honra de um banquete era ungido com azeite
de oliva perfumado. Além disso, a unção com óleo era empregada para aliviar o
cansaço dos viajantes. Vemos que o Senhor renova o vigor daquele que conclui uma
trajetória difícil. Quanto ao cálice, vemos que está completamente cheio, de
modo que o vinho extravasa os limites da taça. Entendemos que a alegria vinda
de Deus (representada pelo vinho) é tão intensa que todos podem ver; o salmista
não guarda a alegria da sua vitória apenas para si mesmo, mas dá testemunho dos
feitos do Senhor em sua vida.
Dessa
forma, a mesa farta, a unção com óleo e o cálice transbordante simbolizam o
favor ilimitado – amor incondicional – de Deus por aqueles que decidem viver
sendo guiados por Ele. Estes têm a certeza de que podem contar sempre com a
bondade e a misericórdia do Senhor (v.6).
Pai,
Te agradeço porque Tu és o meu Pastor Amado, por estar sempre comigo. Tu me
guias pelo caminho da vida, me dás instruções por meio da Tua Palavra e me
levas a um lugar de descanso, onde posso celebrar contigo as vitórias
alcançadas. Ainda que eu atravesse dias difíceis, Tu sempre estás comigo! Nunca
me abandonas! Muito obrigada por tão grande amor!
Adriana Pessanha
[1] “O
porteiro abre-lhe a porta, e as ovelhas ouvem a sua voz. Ele chama as suas
ovelhas pelo nome e as leva para fora”.
João 10:3
[2]
"Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas.” João
10:11
Muito lindo a palacra do Senhor em detalhes, amei.
ResponderExcluirVocê pode todas as coisa quando direcionada pelo Pai
Continue lhe sabedoria dos altos céus
ResponderExcluirGlória a Deus 👐👐
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