A confiança em meio às tempestades: Jesus e os discípulos no Mar da Galileia

 


Você já passou por momentos na vida em que se sentiu sozinho, como se Deus não estivesse se importando com o seu problema? Pois os discípulos também passaram por isso...

Em Lucas 8.22-25, lemos que Jesus e seus discípulos estavam atravessando o Mar da Galileia (lago, em algumas versões, por se tratar realmente de um grande lago). Antes de partirem em viagem, o Mestre havia dito algo muito importante: “Vamos passar para a outra margem do lago (v. 22). A declaração de Jesus expressava certeza do que iria acontecer: eles iriam passar e, por conta disso, não havia motivo por parte dos discípulos para duvidar. Mas o texto mostra que não foi o que aconteceu...

Jesus estava cansado e, por isso, adormeceu enquanto navegavam. Portanto, ele estava numa parte retirada do barco, sem interagir com os discípulos, mas estava ali. Agora pense comigo: há momentos na nossa vida que parece que Jesus não está presente. Parece que ele está distante, que não está se importando com nada do que está acontecendo conosco, mas o fato é que Ele está apenas em silêncio. Ele pode não estar agindo no tempo esperado por nós, mas continua presente no barco da nossa vida. E entenda: é preciso que Jesus esteja em silêncio para que vivamos experiências maiores com Ele, para que entendamos que o Senhor tem total controle das circunstâncias pelas quais passamos.

E foi durante o tempo em que Jesus estava dormindo que veio sobre eles uma grande tempestade, que os deixou apavorados. Perceba, não era uma tempestade comum... Ali no barco havia homens experientes no mar porque eram pescadores: Pedro, André, Tiago, João. Mas, mesmo assim, eles ficaram amedrontados. Às vezes as experiências, os títulos, o dinheiro e a posição social não são suficientes para enfrentar as adversidades da vida. Havia uma promessa – vamos passar para a outra margem –, mas a sabedoria humana não foi o bastante para aplacar a tempestade. Era preciso uma intervenção divina. Eles precisavam acordar o Mestre. E conosco não é diferente.

Com as ondas batendo contra a embarcação, os discípulos foram até Jesus para despertá-lo e, mais do que isso, pedir socorro: “Mestre, mestre, estamos perecendo!” A repetição do vocativo “mestre” indica que eles realmente estavam apavorados. E não é verdade que, muitas vezes, agimos da mesma forma que os discípulos? Quando nos vemos num beco sem saída, quando já fizemos de tudo para solucionar o problema, sem sucesso, é que nos lembramos de que Jesus está no barco.

Ao ouvir a petição dos discípulos, Jesus repreendeu os ventos e acalmou as águas. Mas é um tanto curiosa a pergunta de Jesus: “Vocês não têm fé?” No coração deles, o medo da tempestade sobrepujou a promessa de Jesus. Creio que este é o grande ensinamento deste texto. Mesmo quando convidamos Jesus para entrar no nosso barco, há momentos que ele ficará em silêncio para nos ensinar que Ele tem o controle de tudo. E é nessas horas que não podemos perder a confiança porque temos a promessa: “chegaremos do outro lado”. As tempestades da vida não nos submergirão quando confiarmos plenamente nas promessas de Deus.


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