O capítulo 32 de 2 Crônicas nos
conta a história do ataque de Senaqueribe – rei da Assíria – ao reino de Judá.
Essa passagem poderia ser apenas um relato histórico; no entanto, a Palavra de
Deus é divinamente inspirada para nos ensinar (1 Timóteo 3:16). Esse texto
apresenta princípios importantes para a batalha espiritual que todo cristão
enfrenta. Na Bíblia, o rei da Assíria
representa Satanás – o inimigo de Deus e nosso também – e Jerusalém é a
representação do povo de Deus. É fato que continuamente somos atacados pelo
inimigo das nossas vidas e, para tanto, precisamos agir com sabedoria dada pelo
Senhor.
Antes de apresentar algumas
chaves que aprendi com o Espírito Santo, queria chamar a sua atenção para o
versículo 1: “Depois de tudo o que Ezequias fez com tanta fidelidade,
Senaqueribe, rei da Assíria, invadiu Judá. Ele sitiou as cidades fortificadas
para conquistá-las”. Mas o que Ezequias fez com tanta fidelidade? Se
voltarmos alguns capítulos, veremos que ele promoveu uma verdadeira revolução
espiritual em Judá. Ele combateu veementemente a idolatria na nação e restaurou
a verdadeira adoração ao Senhor, a partir da purificação do Templo, da
celebração da Páscoa conforme diziam as Escrituras e da restauração do culto,
com a entrega de dízimos e ofertas (capítulos 29-31). No final do capítulo 31,
lemos a seguinte declaração sobre ele: “Em tudo o que ele empreendeu no
serviço do templo de Deus e na obediência à lei e aos mandamentos, ele buscou o
seu Deus e trabalhou de todo o coração; e por isso prosperou” (2 Crônicas
31:21).
A partir do exposto acima, algo
muito importante precisa ser dito: Ezequias foi atacado pelo exército inimigo
mesmo sendo fiel a Deus! Este é um dos textos bíblicos que nos mostra essa
verdade. Talvez você (como eu) já tenha perguntado a Deus: “Mas por que estou
passando por essa luta, Senhor? Eu te busco de todo o coração, me dedico à Sua obra
e mesmo assim estou passando por essa situação tão difícil!”. Entenda que essa batalha
não será para sua destruição, se você se posicionar conforme a instrução do
Senhor.
Neste texto de 2 Crônicas 32, é
possível identificar cinco princípios para a vitória:
Em primeiro lugar, Ezequias
fechou as fontes das águas do lado de fora da cidade. O verso 3 nos relata que
Ezequias consultou seus oficiais para ver a possibilidade de fechar as fontes.
Perceba que a existência da água era o que mantinha o exército inimigo posicionado
para atacar Jerusalém. Ezequias, então, dá a ordem para fechar as fontes, ou
seja, para cessar aquilo que possibilitava que o exército assírio permanecesse
ao redor da cidade. Aqui aprendo a primeira lição: eu preciso dar fim ao que
mantém o cerco maligno, o que alimenta as acusações e intimidações do inimigo.
Pense agora em algumas situações que as sustentam na sua vida. A seguir
apresento alguns exemplos:
* pensamentos negativos
arraigados, como “não sou importante”, “não tenho valor”, “ninguém gosta de
mim”, “Deus não vê meu sofrimento” são verdadeiras fontes para fortalecer as
acusações do inferno. Seque as fontes! Traga à sua mente o que a Palavra de
Deus diz a seu respeito! Ela é a verdade e é apenas isso que importa! Rejeite
qualquer tipo de pensamento que tenta distorcer a sua identidade em Cristo.
* relacionamento com pessoas que permanentemente
tecem acusações contra nós. Manter no nosso convívio íntimo com pessoas que sempre
tentam nos depreciar é algo que nos enfraquece espiritualmente. Mas, para
tanto, é preciso distinguir uma acusação de uma exortação: enquanto a exortação
visa ao seu crescimento espiritual, a acusação visa à sua destruição. Uma
palavra acusatória é dada para nos derrubar; e a palavra de exortação é dada
para nos reerguer! Portanto, sejamos humildes para receber um conselho sábio
que edificará a nossa vida, mas prudentes para rejeitar uma palavra cuja
intenção é a nossa destruição emocional. Seque as fontes que sustentam o ataque
do inimigo na sua vida!
A segunda atitude de Ezequias foi
fechar as brechas que existiam nos muros da cidade (verso 5). Jerusalém era uma
cidade fortificada, cercada por muros, mas havia trechos quebrados por onde o
inimigo poderia penetrar. E, aqui, temos a segunda lição: é necessário fechar
as brechas por onde o inimigo tem encontrado espaço em nossas vidas! Não dê
espaço para ele entrar! Muitas vezes fechar as brechas significará fechar a
boca! Às vezes falamos o que não convém e isso gera muita confusão. Fechar as
brechas também significará fechar os ouvidos. Não dê ouvidos ao maledicente.
Corte as fontes da fofoca. Feche as brechas! Elas nos tornam vulneráveis ao
ataque do inimigo. Provérbios 8:12 diz: "Eu, a sabedoria, moro com a
prudência, e tenho o conhecimento que vem do bom senso”.
O terceiro princípio que
aprendemos com Ezequias é levantar torres de vigia. Ainda no verso 5, lemos que
Ezequias mandou construir torres sobre os muros. As torres eram os locais onde
as sentinelas ficavam vigiando, a fim de alertar o exército em caso de um
ataque inimigo. Precisamos levantar nossas torres de vigia! Jesus nos alertou
que precisamos vigiar e orar, para que não entremos em tentação: “Vigiai e
orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas
a carne é fraca” (Mateus 26:41).
A quarta atitude de Ezequias foi
encorajar o seu povo. Ele tinha convicção de que o Senhor iria socorrê-los. A
sua fé estava firmada no Deus Todo-Poderoso e não num poder terreno. Por mais
que o exército assírio fosse temido por todos os povos, por mais que fosse o
maior império daquele tempo, não poderia ser comparado ao poder do Rei dos
reis! E é essa mesma fé que nós devemos ter, a certeza de que nenhum outro
poder que venha contra nós é maior do que o poder de Deus. Nos versos 7 e 8,
lemos o que Ezequias declarou para o seu povo:
Sejam fortes e corajosos. Não tenham
medo nem se desanimem por causa do rei da Assíria e do enorme exército que está
com ele, pois conosco está um poder maior do que o que está com ele. Com ele
está somente o poder humano, mas conosco está o Senhor, o nosso Deus, para nos
ajudar e para travar as nossas batalhas (2 Crônicas 32:7,8)
Secar as fontes que alimentavam a permanência
do inimigo, fechar as brechas que permitiam a sua entrada, construir torres de
vigilância e encorajar os seus liderados foram as atitudes que o rei Ezequias
teve. Mas o exército inimigo não recuou, muito pelo contrário. Dos versos 10 a
19, lemos a forma como Senaqueribe e seu exército tentaram intimidar o povo:
lançando dúvidas (dizendo que Deus não poderia salvá-los), declarando que eles
haviam dominado outros povos, lançando ameaças na própria língua dos judeus. Porém,
Ezequias e o profeta Isaías clamaram ao Senhor (verso 20). Essa é a quinta chave. Ezequias havia feito o
que humanamente lhe cabia fazer; agora era o momento de recorrer ao socorro do
céu. Era necessário clamar, e foi o que fez. Ele se aliou ao profeta, homem de
Deus, e recorreu ao único que poderia lhe socorrer. E, como resposta, o Senhor
enviou um anjo que eliminou todo o exército inimigo. Aleluia! O livramento vem
para aqueles que se posicionam numa atitude de fé, assim como fez Ezequias.
Quando nos sentirmos cercados
pela opressão, acusação e intimidação do inferno, que possamos nos lembrar dos
princípios bíblicos que nos dão o livramento! Que Deus abençoe a sua vida!
Excelente reflexão! Deus continue usando a tua vida para produzir mensagens cada vez mais edificantes.
ResponderExcluirLouvado seja Deus por cada chave revelada nessa reflexão. Continue sendo esse canal de bênção.
ResponderExcluir👏👏👏🙏🙌mensagem edificafora. Muito boa .Louvo a Deus por sua vida, que nos trás essa revelação. Falou muito ao meu coração 🙏😭🙌
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