Então Calebe fez o povo
calar-se perante Moisés e disse: "Subamos e tomemos posse da terra.
É
certo que venceremos! " (Números 13:30)
Diariamente recebemos uma
enxurrada de informações por meio das mídias sociais. Uma diversidade de
notícias, que normalmente são transmitidas com a opinião de cada emissor. As
redes sociais tornaram o debate mais democrático, sem dúvida, mas a questão é
que muitas vezes precisamos avaliar o teor de cada ponto de vista. Alguns
propagadores de notícia são bastante sensacionalistas, em busca apenas de um
maior número de “curtidas” em suas publicações. Além disso, ainda existe a
televisão, que costuma defender um posto de “imparcialidade”, quando, na
verdade, é muito tendenciosa. Em meio a tantas notícias, muitas acabam
provocando em nós sentimentos muito ruins, como por exemplo o pânico diante da
realidade enfrentada. Sendo assim, de que forma devemos reagir?
Diante desse cenário que estamos
vivendo hoje, lembrei-me de uma passagem bíblica que retrata um pouco esse
mesmo dilema (Números 13). Nos versículos 1 e 2, vemos que Deus disse a Moisés,
o líder que resgatou o povo do Egito, que separasse alguns homens para sondar a
terra a qual receberiam por herança: “Envie alguns homens em missão de
reconhecimento à terra de Canaã, terra que dou aos israelitas. Envie um líder
de cada tribo dos seus antepassados" (Números 13:2). Nessa ordem, Deus
reafirma a Sua promessa: “terra que dou aos israelitas”. Veja, o Senhor
já havia estabelecido que Canaã, uma terra excelente, seria dada a eles! Era
uma promessa!
E assim Moisés fez. Ele designou doze
homens, um representante de cada tribo, para reconhecer a terra. E lhes deu a
seguinte instrução:
Vejam como é a terra e se o povo que
vive lá é forte ou fraco, se são muitos ou poucos; se a terra em que habitam é
boa ou ruim; se as cidades em que vivem são cidades sem muros ou fortificadas; se
o solo é fértil ou pobre; se existe ali floresta ou não. Sejam corajosos!
Tragam alguns frutos da terra". Era a época do início da colheita das uvas
(Números 13:18-20)
A ordem de Deus era para que eles
soubessem as condições que iriam enfrentar. Era necessário sondar as
características dos adversários e da nova terra, de forma que pudessem combater
os inimigos com segurança. Fazendo uma comparação simples com o esporte,
normalmente uma equipe estuda as táticas de ataque e defesa da equipe adversária,
buscando conhecer os seus pontos fracos. Aqui aprendo uma lição: ainda que Deus
libere uma bênção para mim, eu preciso reconhecer os desafios que enfrentarei e
saber as formas como posso alcançar a vitória. Eu preciso fazer a minha parte
no processo da conquista! A ordem do Senhor era “reconhecer a terra”, não para que
eles tivessem medo dos seus habitantes, mas para que soubessem quais os pontos
fracos dos inimigos para vencê-los! Em resumo: eu preciso estar preparada! Não
posso me apresentar para a batalha de qualquer maneira!
Os homens ficaram quarenta dias nessa
missão. Ao retornarem, dez deles deram um relatório bastante desanimador:
“E deram o seguinte relatório a
Moisés: "Entramos na terra à qual você nos enviou, onde manam leite e mel!
Aqui estão alguns frutos dela. Mas o povo que lá vive é poderoso, e as cidades
são fortificadas e muito grandes. Também vimos descendentes de Enaque. Os
amalequitas vivem no Neguebe; os hititas, os jebuseus e os amorreus vivem na
região montanhosa; os cananeus vivem perto do mar e junto ao Jordão". Então
Calebe fez o povo calar-se perante Moisés e disse: "Subamos e tomemos
posse da terra. É certo que venceremos!" (Números 13:27-30)
Você consegue imaginar a cena? Lá
estavam aqueles doze espias diante de Moisés e do povo. Imagino Josué e Calebe,
cheios de alegria, já cantando hinos de vitória; por outro lado, os outros dez
estavam visivelmente abatidos e apavorados. Fico imaginando também a forma como
esses dez fizeram o relatório. O pavor que sentiam era percebido no tom de voz,
nas expressões do rosto... e eles estavam contagiando o povo com aquele
sentimento de derrota. Calebe percebeu o que estava acontecendo. Ele interrompeu
o relatório e tentou encorajar o povo. Àquela altura, todos falavam ao mesmo
tempo, apavorados com o parecer dos dez espias. Aqui aprendo outra lição: a
forma como reajo às notícias pode influenciar não apenas a minha vida, mas
também a daqueles que convivem comigo!
Se, diante de uma má notícia, eu
reajo com bom ânimo, crendo que o Senhor está no controle da situação, Ele me
conduzirá a um nível em que experimentarei o Seu favor. Foi exatamente o que
fez Calebe: ele não ignorou os obstáculos, mas creu que Deus era poderoso para livrá-lo
de todos. Mas se eu reajo de forma negativa, pessimista, também posso influenciar
aqueles que me cercam, enfraquecendo a esperança deles!
Nesse caso, a voz do pavor era
mais forte do que a da esperança. Os outros espias continuavam dando sua opinião
negativa, dizendo que era impossível conquistar Canaã. O relatório negativo
daqueles homens influenciou todo o povo:
Mas os homens que tinham ido com ele
disseram: "Não podemos atacar aquele povo; é mais forte do que nós". E
espalharam entre os israelitas um relatório negativo acerca daquela terra.
Disseram: "A terra para a qual fomos em missão de reconhecimento devora os
que nela vivem. Todos os que vimos são de grande estatura. Vimos também os gigantes,
os descendentes de Enaque, diante de quem parecíamos gafanhotos, a nós e a
eles" (Números 13:31-33)
De fato, o problema estava na
forma como eles enxergavam os adversários. Na visão dos dez espias, eles eram
como gafanhotos, pequenos demais, insignificantes, incapazes de fazer frente
aos gigantes que habitavam naquela terra; mas, para Calebe e Josué, aqueles adversários
eram “gafanhotos” diante da grandiosidade e poder do Deus de Israel! Tudo era
uma questão de visão!
Infelizmente, o povo acatou o
parecer negativo. Em Números 14, vemos que os judeus começaram a chorar e a
lamentar o fato de terem saído do Egito. Vejam, falta de esperança era tão
grande que eles desejaram voltar à condição de escravos. Na verdade, o pavor
fez com que eles apagassem da memória todos os livramentos e todas as promessas
que o Senhor havia feito a eles. Às vezes, a falta de esperança desvia o olhar
daquilo que realmente precisamos ver e nos aprisiona novamente! Eles não
estavam fisicamente no Egito, mas o coração deles estava lá! Que o nosso
coração esteja repleto de fé e de esperança nas promessas de Deus; dessa forma,
quando vierem os desafios da vida, o nosso foco estará apenas na provisão do
Senhor.
Por último, outro ponto muito
importante é que, assim como aqueles espias, nós somos porta-vozes de uma
mensagem para um mundo sem esperança. Que tipo de mensagem nós vamos anunciar?
Que não sejamos como os dez, cujo olhar estava focado nas lutas naturais do dia
a dia, mas que sejamos como Josué e Calebe que, a despeito dessas dificuldades,
anunciavam a provisão e o livramento que iriam desfrutar do Senhor na Terra
Prometida.
O Senhor é o meu
pastor; de nada terei falta (Salmos 23:1).
Adriana Pessanha
como é bom saber que Deus usa os seus para nos trazer uma palavra tão encorajadora .Deus te abençoe amiga
ResponderExcluirAmém Eu creio verdadeiramente Deus é FIEL e provedor de todas as coisas. Estava triste nesse momento mas a palavra de Deus me trouxe esperança.
ResponderExcluirA nossa confiança está no Senhor!! O nosso foco é o Deus que nos garante a Vitória. Palavra vinda do Senhor !! Deus te abençoe amiga 🥰🙌🏽
ResponderExcluirExcelente palavra amiga!
ResponderExcluirO nosso foco deve estar pautado nas promessas do Senhor, na certeza de que Ele estará conosco para sempre.
Deus é fiel para nós livrar , por maior que seja nossos desafios .
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