Que darei ao Senhor por todos os seus
benefícios para comigo? Salmos 116:12
O
salmo 116 é um cântico de gratidão, em que o salmista declara o seu amor ao
Senhor, pois Ele o ouviu quando suplicava por socorro. Nesse trecho, vemos que
primeiramente o homem apresenta a Deus, em oração, a sua aflição, para depois
Deus atendê-lo (v. 1-2). Embora o Senhor conheça as nossas necessidades – Ele é
Onisciente –, precisamos apresentá-las em oração, pois assim declaramos ao
mundo espiritual a nossa dependência de Deus.
As
aflições sofridas pelo salmista eram tão intensas que ele as compara a “cordéis
de morte”, referindo-se às cordas que envolvem o pescoço de uma pessoa que será
enforcada. Ele ainda diz que as angústias provinham do inferno; era algo
aterrorizante que lhe tiravam as forças e o dominavam (v.3). No entanto, o
salmista não sucumbe ao apelo do Maligno e decide clamar pelo Senhor (v.4). O
salmo 18 apresenta essa mesma comparação: "As cordas da morte me enredaram; as torrentes da destruição me surpreenderam. As cordas do Sheol me envolveram; os laços da morte me alcançaram. Na minha aflição clamei ao Senhor; gritei por socorro ao meu Deus. Do seu templo ele ouviu a minha voz; meu grito chegou à sua presença, aos seus ouvidos". (Salmos 18:4-6).
O
salmista ainda revela a razão de Deus tê-lo atendido: o Senhor é
misericordioso, justo, compassivo e guarda aqueles que são humildes. Portanto,
ele reconhece que o livramento se deu não porque era merecedor, mas porque se
arrependeu e clamou ao Senhor com um espírito quebrantado. E a prova disso é o
seu desejo de render a Deus a gratidão pela graça recebida (v.12). Dessa forma,
o sentimento de gratidão nasce no coração daquele que reconhece a ação de Deus
em seu favor, pois sozinho não teria condições de resistir. Consequentemente, o
seu desejo é retribuir ao Senhor pelas dádivas concedidas. A partir da pergunta
que o salmista faz, ele mesmo apresenta algumas formas de render ao Senhor a
sua gratidão:
Em
primeiro lugar, o salmista declara que erguerá o cálice da salvação (v.13). O
cálice era uma taça usada para tomar vinho. Segundo a tradição judaica, erguer
o “cálice da salvação” era o momento em que se fazia um brinde em agradecimento
a Deus pelos livramentos recebidos. Era um momento de celebração, em se
anunciava publicamente a vitória. Da mesma forma, hoje devemos render ao Senhor
a nossa adoração pela obra realizada na cruz – a salvação das nossas almas – e
por todos os livramentos a nós concedidos diariamente. Devemos anunciar as boas
obras do Senhor, dar testemunho do que Ele tem feito em nosso favor. Importante
destacar, também, que o vinho era o símbolo da alegria; ou seja, erguer o
cálice de vinho significa alegrar-se com as bênçãos recebidas do nosso Pai.
Em
segundo lugar, ele diz que invocará o nome do Senhor (v.13). O ato de invocar a
Deus é mais do que fazer uma oração. Embora a oração
possa ser silenciosa, o invocar precisa ser audível. Segundo o
dicionário, o verbo “invocar” tem como sinônimos: “chamar”, "apelar", "conjurar", "evocar", "pedir", "implorar", "recorrer", "rogar", "solicitar", "suplicar", "valer-se". A partir disso, vemos que a prática de invocar o nome do Senhor revela profunda contrição e dependência do Seu agir. Portanto, invocar o Senhor é atrair a Sua presença, é nutrir uma vida de intimidade com o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Mais uma vez, vemos o desejo do salmista em anunciar a sua fé àqueles que o cercam, pois invocar o nome do Senhor era um ato público. Assim, a atitude de invocar o nome do Senhor consiste na declaração de sua fé no Senhor, de modo que os outros também desejassem ter um relacionamento íntimo com Deus.
Em último lugar, o salmista declara que pagará os seus votos. O salmista se compromete a cumprir o que prometera (em oração, durante o momento de aflição) diante de toda a congregação. Quando um judeu fazia um voto a Deus, normalmente ele renunciava algo de grande valor financeiro ou afetivo. O sentido bíblico do voto era a consagração e a gratidão a Deus, também como forma de dar testemunho do que Deus realizara. Um exemplo claro de um voto é o que Ana fez enquanto orava no templo. Devido à grande aflição que sentia, por não ter filhos e por ser humilhada constantemente por sua rival, ela pede a Deus um filho e promete consagrá-lo ao serviço na cada do Senhor. Portanto, um voto é algo muito sério, é um compromisso firmado com o Senhor. Devemos ter o cuidado de avaliar nossas promessas, de forma que sejam possíveis de serem cumpridas sem demora: "Quando você fizer um voto, cumpra-o sem demora, pois os tolos desagradam a Deus; cumpra o seu voto. É melhor não fazer o voto do que fazer e não cumprir" (Eclesiastes 5:4-5). Deus não exige de nós grandes promessas, até porque o maior sacrifício Jesus já fez na cruz do Calvário, mas espera que tenhamos uma vida em santidade e em comunhão com Ele e com os irmãos na fé. O pagamento de um voto requer renúncia da sua própria vontade (v.15), ou seja, negar-se a si mesmo [1].
O salmista declara que oferecerá a Deus um "sacrifício de louvor" (v.17), ou seja, ainda que o cumprimento do voto lhe seja custoso (pois requer a morte da sua própria vontade), ele o oferecerá em adoração a Deus, como forma de gratidão pelas bênçãos recebidas. Portanto, aquele que deseja agradar a Deus buscará viver em santidade, que envolve a comunhão com Deus e com os homens. Está escrito: "Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor" (Hebreus 12.14). Este é o voto que o Senhor requer de nós hoje.
Vemos, assim, que as três atitudes destacadas pelo salmista revelam o anseio por agradar a Deus e, ao mesmo tempo, o desejo de anunciar publicamente o quanto o Senhor é bom, rico em misericórdia e socorro presente para aqueles que o buscam com um coração quebrantado. Que tenhamos corações gratos a ponto de testemunhar do amor de Deus entre os homens.
Pai, que eu sempre tenha um coração quebrantado na Sua presença, que meu desejo seja Te adorar e que a minha gratidão seja uma forma de anunciar o Teu amor a todos que me cercam.
Em último lugar, o salmista declara que pagará os seus votos. O salmista se compromete a cumprir o que prometera (em oração, durante o momento de aflição) diante de toda a congregação. Quando um judeu fazia um voto a Deus, normalmente ele renunciava algo de grande valor financeiro ou afetivo. O sentido bíblico do voto era a consagração e a gratidão a Deus, também como forma de dar testemunho do que Deus realizara. Um exemplo claro de um voto é o que Ana fez enquanto orava no templo. Devido à grande aflição que sentia, por não ter filhos e por ser humilhada constantemente por sua rival, ela pede a Deus um filho e promete consagrá-lo ao serviço na cada do Senhor. Portanto, um voto é algo muito sério, é um compromisso firmado com o Senhor. Devemos ter o cuidado de avaliar nossas promessas, de forma que sejam possíveis de serem cumpridas sem demora: "Quando você fizer um voto, cumpra-o sem demora, pois os tolos desagradam a Deus; cumpra o seu voto. É melhor não fazer o voto do que fazer e não cumprir" (Eclesiastes 5:4-5). Deus não exige de nós grandes promessas, até porque o maior sacrifício Jesus já fez na cruz do Calvário, mas espera que tenhamos uma vida em santidade e em comunhão com Ele e com os irmãos na fé. O pagamento de um voto requer renúncia da sua própria vontade (v.15), ou seja, negar-se a si mesmo [1].
O salmista declara que oferecerá a Deus um "sacrifício de louvor" (v.17), ou seja, ainda que o cumprimento do voto lhe seja custoso (pois requer a morte da sua própria vontade), ele o oferecerá em adoração a Deus, como forma de gratidão pelas bênçãos recebidas. Portanto, aquele que deseja agradar a Deus buscará viver em santidade, que envolve a comunhão com Deus e com os homens. Está escrito: "Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor" (Hebreus 12.14). Este é o voto que o Senhor requer de nós hoje.
Vemos, assim, que as três atitudes destacadas pelo salmista revelam o anseio por agradar a Deus e, ao mesmo tempo, o desejo de anunciar publicamente o quanto o Senhor é bom, rico em misericórdia e socorro presente para aqueles que o buscam com um coração quebrantado. Que tenhamos corações gratos a ponto de testemunhar do amor de Deus entre os homens.
Pai, que eu sempre tenha um coração quebrantado na Sua presença, que meu desejo seja Te adorar e que a minha gratidão seja uma forma de anunciar o Teu amor a todos que me cercam.
[1] “Então
ele chamou a multidão e os discípulos e disse: "Se alguém quiser
acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.” Marcos 8:34
Adriana Pessanha
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